quinta-feira, 9 de junho de 2011

¨Como fênix renovada ela voa mais longe do que a mente alcança...¨


Queimei na carne algumas lembranças, pra ver passar a dor da saudade. Mas as cicatrizes doem e te esquecer foi difícil. É complicado convencer um coração que sofre que você não quer mais chorar. É complexo explicar para uma mente confusa que você quer esquecer.
Queimei na alma alguns sentimentos, pra sentir alívio na dor. Mas as manchas pesam de uma forma que seguir em frente se tornou estranho e deixar-me cair é uma grande tentação.
Queimei fotos, memórias, cartas, roupas, remédios, paixões.
Joguei-me no fogo e vi queimar cada parte de um corpo que padece no fundo de uma mente perdida.
Joguei-me no fogo e ainda assim a frieza do adeus tomava conta de mim.
Joguei-me no fogo com medo de nunca mais voltar.
Joguei-me no fogo consciente que minha última lembrança era um fraco sorriso meu contigo.
Joguei-me no fogo porque a cada dia me congelava mais na solidão.
Como fênix renovada sai das cinzas, e busquei cada mancha e cicatriz que provoquei em mim. Elas se foram... Olhei para o alto e a luz queimava meus olhos e eu senti dor. Doeu de uma forma tão boa, porque todo aquele apego à dor foi embora, e aquela insistente lágrima que corria toda vez que lembrava seu nome se foi.
Agora posso sentir o frescor de uma nova vida que chega, os sorrisos que me esperam e as novas vivências que terei. Sei que vou fazer diferente, mas também sei que alguns erros se repetirão para mais umas vez eu me lembrar que sou humana, mas que não serei a mesma.
Eu cresci na minha própria dor, e dei valor a pequenas felicidades que vêm e vão, mas o  importante é saber que ela sempre vem, de uma forma ou de outra ela sempre vem pra mim.E sigo em frente sem peso nenhum para me derrubar , sem cicatriz para me fraquejar. Com a certeza de que esse aqui e agora é um dia melhor.

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